[Globo News] O especialista Ricardo Betti mostra como dar uma guinada na carreira.
01/02/2017
Consultor educacional dá dicas de como fazer pós-graduação no exterior
O especialista Ricardo Betti mostra como dar uma guinada na carreira.
Ele largou a medicina assim que se formou para seguir na área de RH.
Você já se formou, mas precisa de uma guinada na carreira ou pensa até em mudar de profissão? Está desanimado, perdido, quer expandir seus horizontes? Muita gente já se viu nessa situação e acabou buscando um curso no exterior. E é sobre esse caminho que vamos conversar hoje com o conselheiro educacional, Ricardo Betti. “É um prazer compartilhar a a minha própria história, porque isso aconteceu comigo”, diz Ricardo Betti, que há 25 anos largou a medicina assim que se formou para entrar no mundo dos Recursos Humanos.
“Quando eu me formei em medicina na USP a única certeza que eu tinha era que eu não queria ser médico. Absoluta certeza”, afirma. “Então, o caminho que eu encontrei foi fazer um curso de MBA no MIT, terminei o curso há 26 anos e de lá pra cá eu faço esse trabalho de ajudar pessoas que têm dúvidas com relação ao seu desenvolvimento de carreira e quer uma orientação”, completa o especialista, que já aconselhou mais de 1.500 profissionais.
Segundo Betti, com a obrigação de decidir muito cedo que profissão seguir, a dúvida vocacional aparece com muita frequência. “Tenho visto agrônomos que viraram publicitários, publicitários que viraram jornalistas, psicólogo que virou marqueteiro”, conta.
E qual é o ponto de partida para fazer um curso de especialização no exterior? “Para fazer um MBA nas melhores escolas do mundo é muito importante ter fluência no inglês – não só para sobreviver durante o curso, mas também para passar nos testes”, ressalta sobre os testes de proficiência exigidos para estrangeiros. “Tem que estar muito bem preparado. São cerca de nove meses de preparação”.
Mas não é só isso. “Além desses testes, a pessoa tem que apresentar histórico escolar, tem que apresentar um currículo, tem que escrever redações contando a história da sua vida. E essas redações são muito importantes também na estratégia de entrada. Aí tem as cartas de recomendação, que também são importantes. Precisa ter duas cartas de recomendação para entrar nessas escolas”, explica Betti, sobre a complexidade do processo. “Mas é incrível a quantidade de brasileiros que vão bem no processo e conseguem entrar nas melhores escolas do mundo”.
“É muito bom ser brasileiro nessa hora. É uma vantagem competitiva”, acredita Betti. Segundo ele, o número de brasileiros estudando no exterior vem crescendo bastante. “Quando você compara com estatísticas internacionais, tem 5 mil indianos por ano, tem 8 mil chineses e tem 400 brasileiros. Dá para melhorar bastante”.